Taro Aso,
Ministro das Finanças do Japão, declarou no último dia 21/01 que
os idosos doentes deveriam se apressar em morrer para aliviar as
contas do país:
"Que Deus não permita que sejam forçados a viver quando querem
morrer. Eu iria acordar sentindo-me incrivelmente mal por saber que o
tratamento era totalmente pago pelo Governo." [1]
"Isso não vai ser resolvido, a menos que você permita que eles
se apressem e morram" [2]
Com a
repercussão negativa, Aso se "retratou" reafirmando
tratar-se de uma convicção pessoal:
"Disse o que pessoalmente acredito e não o que deveria ser o
sistema nacional de saúde". [ibidem]
Sacrificar
o andar de baixo para salvar o de cima
Entre
setembro de 2008 e setembro de 2009, Taro Aso foi Primeiro Ministro
do Japão e seu governo entregou trilhões de ienes para salvar as
grandes empresas em crise. [3]
Em 2011,
o jornalista e colunista do The New York Times, David Brooks,
escreveu um artigo onde também defendia que os idosos doentes
estadunidenses deveriam aceitar a morte para "ajudar na situação
fiscal do país". Daniel Callahan e Sherwin Nuland manifestaram
a mesma posição no New Republic. [4]
Essa
sinistra sinceridade de governos e ideólogos a serviço do status
quo deixam claro que a única saída para as classes subalternas é a
sua organização, mobilização e uma luta decidida para a superação
do existente - que cada vez mais toma o rumo da barbárie.
_________________________________
[1]
Ministro japonês diz que idosos doentes devem “morrer rapidamente”
para o bem da economia (22/01/2013):
[2]
Ministro do Japão diz que idosos devem se apressar para morrer
(23/01/2013):
[3]
Alemanha e Japão lançam planos para reanimar economia
(27/01/2009):
[4] Pela
saúde financeira dos ricos, pobres são chamados a aceitar a morte
nos EUA (31/07/2011):
.