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A notícia abaixo, veiculada na grande imprensa, é de suma importância uma vez que a Presidente recém eleita, Dilma Rousseff, anunciou a privatização dos aeroportos de Guarulhos e Viracopos além da abertura do capital da Infraero.
A TAM é uma das prováveis agraciadas do entreguismo de Dilma. A outra é a GOL. Os defensores das privatizações vivem a cantar em prosa e verso a eficiência da iniciativa privada em contraposição a ineficiência do serviço público. Omitem do grande público que a maioria das privatizações no Brasil são regadas a muito dinheiro público, que a eficiência privada é embalada pelo dinheiro do contribuinte antes, durante e depois das privatizações. No próprio setor de aviação o aeroporto de São Gonçalo Amarante, no Rio Grande do Norte, que foi privatizado, poderá ter até 80% dos seus investimentos financiados pelo BNDES. E ele será o modelo para a privatização dos outros aeroportos.
O Governo petista sucateou a Infraero. Agora entregam os aeroportos e mais recursos públicos para empresas privadas. A TAM, cuja a "eficiência" anda deixando a desejar, tem tudo para abocanhar esse filão e ver a sua eficiência decolar impulsionada pelo dinheiro público.
TAM atrasa, de novo, mais de 50% dos voos
''Estado'' teve acesso a documento por meio do qual empresa orientou comandantes a não atribuir atrasos a faltas ou problemas de tripulação
05 de janeiro de 2011 | 0h 00
Paulo Saldaña e Márcio Pinho - O Estado de S.Paulo
Passageiros da TAM enfrentaram ontem mais um dia de caos nos aeroportos. A companhia chegou a atrasar mais da metade das decolagens em pelo menos 30 minutos. Às 14 horas, 52,9% dos 478 voos programados até aquele momento estavam atrasados. Às 22h, 65 haviam sido cancelados (7,9%).
O problema tem sido constante. No domingo, houve 46% de atrasos. Na segunda, 57%. Segundo a TAM, a meteorologia tem motivado ajustes na malha aérea em período de grande demanda. A Infraero informou ontem à tarde que quatro aeroportos, em Foz do Iguaçu (PR), Montes Claros, Uberlândia e Confins (MG), tiveram fechamentos.
A TAM nega que a tripulação seja insuficiente para atender à demanda, como afirmam sindicatos do setor. O Estado teve acesso, entretanto, a um documento distribuído a comandantes em novembro, solicitando que eles "evitem utilizar como motivo de adiamento a falta ou o atraso dos tripulantes".
O documento foi visto como mordaça. "A empresa diz nas entrelinhas para mentirmos enquanto falta tripulação, não tem avião para voar e há desorganização", afirmou um comandante que pediu para não ter o nome divulgado. "Muitas vezes não tem copiloto e outro comandante precisa fazer a função, voando do lado esquerdo da aeronave, onde não está acostumado."
Performance. O desempenho da TAM tem sido pior do que o da maioria das empresas. Apenas a Webjet, cujas decolagens têm sofrido atrasos constantes, chegava perto dos índices da TAM às 14h de ontem, com 40,3% de atrasos. A empresa culpou problemas meteorológicos e volume de passageiros.
O empresário Denis Ricardo Tribes, de 23 anos, reclamava ontem que havia perdido um dia de trabalho. Seu voo saiu do Aeroporto de Confins (MG) com uma hora e meia de atraso. Ele pousou em São Paulo por volta das 13h10, quando já havia perdido a conexão para Joinville (SC). O passageiro da TAM esperava a nova conexão às 18h45.
A TAM afirma que está assistindo os passageiros e trabalha para normalizar as operações, usando até aeronaves voltadas para voos internacionais. A companhia afirma que o comunicado obtido pela reportagem é do dia 26 de novembro, quando chuvas interromperam as operações de vários aeroportos. Equipes chegaram com atraso ou superaram o limite de horas trabalhadas. O objetivo era preservar os tripulantes, diz a TAM.
Anac. O alto índice de atrasos nos voos nesta semana e a forte movimentação de passageiros retornando das festas de fim de ano levaram a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a estender até sexta-feira a operação especial para evitar transtorno nos aeroportos. O esquema, iniciado em 17 de dezembro, deveria acabar anteontem. A prorrogação se restringe aos aeroportos de São Paulo, Rio e Brasília. / COLABOROU GLAUBER GONÇALVES
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110105/not_imp662117,0.php
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