Em 2012, quando o Governo
Tarso lançou a sua PolÃtica Industrial, que sistematizava e
legalizava o entreguismo ao capital que sua administração já vinha
promovendo, mencionei que os “benefÃcios ao empresariado
superam os concedidos por governos como Antônio Britto, Germano
Rigotto e Yeda Crusius. Para se ter uma ideia estão previstas mais
de 200 ações!” [1]
Não apenas o volume de
ações mas as próprias palavras do governador apontavam nesse
sentido:
Orgulhoso
do seu entreguismo Tarso chega a alfinetar seus antecessores por
terem sido entreguistas limitados:
"Não
ficaremos apenas na simples adoção de incentivos ou isenções
fiscais." [ibidem]
De
fato as propostas do governo petista vão além. Elas preveêm, por
exemplo, o aumento do endividamento do Estado para beneficiar o
empresariado:
"Num
contexto amplo de cooperação que envolve MunicÃpios, a União e
agentes financeiros nacionais e internacionais, o Estado projeta
alocar recursos da ordem de mais de R$ 1,8 bilhão, financiados por
meio de recursos próprios, do BNDES e do Programa PROREDES do BIRD,
que viabilizarão investimentos totais de R$ 2,6 bilhões em
infraestrutura até 2014." [ibidem]
Mais de um ano depois do
lançamento da sua PolÃtica Industrial os resultados confirmam que
as pretensões do Governo Tarso de superar seus antecessores no
entreguismo ao grande capital não eram simples promessas. É o que
atesta os dados divulgados em dezembro pela Revista de
Investimentos [2] elaborada pelo próprio governo estadual.
Os gráficos, que fazem
um comparativo com o Governo Yeda, deixam claro o nÃvel de
entreguismo do governo petista: mais do que o dobro de decretos de
isenção fiscal aprovados e quase o dobro em valores (p.142).