.
"A questão é se vai ser convertido em ação
[a reação do governo brasileiro] ou se eles vão
ficar expressando isso com palavras e nada vai acontecer. Vamos ver."
"Há várias coisas que eles podem fazer para tentar
encontrar a solução, para mostrar aos Estados Unidos
que eles estão preocupados com as denúncias de
espionagem. Não sei se eles vão querer fazer isso ou se
só estão mostrando ao povo que estão zangados.
Acho que o ponto mais importante é o povo pressionar o governo
brasileiro para fazer alguma coisa real contra essa invasão."
[1]
Glenn Greenwald, jornalista estadunidense que revelou os
documentos de espionagem obtidos por Edward Snowden.
Na última semana o Governo Dilma confirmou os alertas de Greenwald. Enquanto a Presidente discursava na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas e se dizia ultrajada com a espionagem do governo dos Estados Unidos [2], "mostrando ao povo que estão zangados" (tsc!), seus subalternos "convertiam em ação" o entreguismo das vias e recursos públicos do país.
Em um
seminário organizado pelo Goldman Sachs, em Nova York, o
presidente do BNDES, Luciano Coutinho, ofereceu aos estrangeiros a
infraestrutura brasileira: portos, aeroportos, rodovias, ferrovias e
energia elétrica. E generosos recursos do BNDES para os mesmos
investir e lucrar facilmente.
O BNDES
vai bancar 70% dos investimentos em aeroportos e rodovias, 80% em
ferrovias, 65% em portos, 50% em termelétricas a carvão
e a óleo, 70% em hidrelétricas, 80% em energia
alternativa e 70% para o setor de transmissão de energia
elétrica. [3]
Se Dilma
não viaja para promover pessoalmente o entreguismo manda seus
subalternos para a tarefa. Assim, além de supérfluo, o
cancelamento da viagem aos Estados Unidos não passa de jogo de
cena para "mostrar ao povo que estão zangados".
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[1]
"Brasil é o grande alvo dos EUA", diz jornalista que
obteve documentos de Snowden (04/09/2013):
[2]
Leia a íntegra do discurso de Dilma na Assembleia-Geral da ONU
(24/09/2013):
[3]
BNDES prevê US$ 243 bi para infraestrutura em 2014/17
(25/09/2013):
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