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No último dia 14, o francês Dominique Strauss-Kahn foi preso nos Estados Unidos sob a acusação de tentar abusar sexualmente de uma camareira de um hotel. O fato repercutiu internacionalmente como um escândalo.
Seria ele um maníaco sexual? Pode ser! Ou seria ele vítima de alguma "cama-de-gato" política para inviabilizar a sua provável candidatura a presidência da França? Também não se pode descartar. Ambas as interrogações são hipóteses que podem ser verdadeiras ou falsas.
No entanto há uma certeza em toda esta História: Dominique Strauss-Kahn encarna e simboliza a perversão ideológica da socialdemocracia européia.
Nascida no calor das mobilizações operárias no século XIX e defensora da conciliação de classes a socialdemocracia foi se acomodando rapidamente na estrutura de poder político da burguesia.
Constam no seu currículo o apoio à Primeira Guerra Mundial, a conivência com o assassinato de Rosa Luxemburgo, a aliança com as classes dominantes capitalistas nos regimes de welfare state que visava combater o anticapitalismo, etc. Por isso são chamados de "a esquerda evoluída e inteligente" por alguns direitistas.
Com o advento do neoliberalismo passaram a implementar medidas privatizantes, reduzir a oferta de serviços públicos e a promover cortes de direitos sociais, em muitos casos com uma velocidade e "eficiência" superior à dos partidos de direita tradicionais. Soma-se a isso o apoio e a participação nas guerras imperialistas de pilhagem.
Em resumo: são agentes do capital! Isso explica porque o "socialista" Dominique Strauss-Kahn era presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI), instituição comprometida com a banca capitalista global. Possivelmente sua gestão a frente da França teria muitos pontos de contato com a de Sarkozy.
A classe trabalhadora européia deve rejeitar essa perversão ideológica chamada socialdemocracia. Romper, de vez, com seus chefes oportunistas, acreditar nas suas próprias forças e desenvolver outras alternativas políticas.
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