terça-feira, 30 de março de 2010

Fogaça admite ter palanque com Dilma

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O atual Prefeito de Porto Alegre e candidato do PMDB ao governo do Estado, José Fogaça, admitiu que pode dividir o palanque eleitoral com a candidata petista à Presidência da República, Dilma Rousseff, caso o Diretório Nacional do seu partido decida apoiar a candidata de Lula.

A declaração de Fogaça é pertinente uma vez que apesar da convergência de projetos e práticas políticas entre o PT e a velha direita, inclusive no Rio Grande do Sul, ambos faziam, por aqui, uma encenação de antagonismo nas eleições.

Além do mais evidencia o escandaloso vale tudo eleitoral onde teríamos a aberração de ao mesmo tempo em que o PMDB gaúcho apoiaria o PT em nível nacional seria seu concorrente em nível estadual.



Fogaça admite dividir palanque com Dilma caso o diretório nacional decida pelo apoio
Prefeito entregou a carta de renúncia ao cargo para concorrer ao governo do Estado

José Fogaça encerra seu ciclo como prefeito da Capital gaúcha ao meio-dia desta terça-feira. Ele deve se concentrar a partir de agora na campanha da candidatura ao governo do Estado. Em entrevista hoje ao programa Gaúcha Atualidade, ele afirmou que deve estar ao lado de Dilma Rousseff, caso o partido decida apoiar a candidata do PT.

— O PMDB do Rio Grande do Sul considera que é inaceitável que o PMDB do Brasil não tenha um projeto para o país, e ao lado desse projeto, um candidato próprio. Mas nós vamos sempre respeitar a decisão do Diretório Nacional — afirmou Fogaça

Fogaça admitiu que deixa o governo por uma decisão do partido, e que não gostaria de deixar a gestão pela metade.

— A minha saída foi antecedida por um longo e criterioso debate. De fato eu não queria, não tinha pretensão, não desejava, de modo algum sair do governo. Essas condições foram criadas pelo processo político.

Questionado sobre qual seria a principal crítica ao seu governo, Fogaça citou o modelo de sistemas de placas e mobiliário urbano.

— Precisamos modificar toda a legislação. Já modificamos, mas é preciso uma reestruturação completa para que esse mobiliário, paradas de ônibus, placas de ruas e sinalizações possam ganhar um nível de qualidade de primeiro mundo.

Fogaça destacou como uma marca de sua passagem pela prefeitura o modelo de gestão por programas e a governança solidária local. O prefeito também lamentou o fato da impossibilidade de concluir determinadas ações.

— Sempre ficam coisas por fazer. Nós estamos com uma matriz de responsabilidades para construir uma dezena de obras para Porto Alegre, todas elas estão inclusive planejadas dentro da perspectiva da Copa do Mundo.

Fonte: ZH Online (30/03/2010 09h18min),
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1§ion=Pol%EDtica&newsID=a2856286.xml
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