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A estadunidense Claudia Rendon foi demitida do seu emprego por ter faltado este para doar um rim ao seu filho Alex Renson. A empresa na qual trabalhava, na Filadélfia, se limitou a argumentar que tinha amparo legal para demiti-la. [1]
O caso, aparentemente isolado, mostra como as classes dominantes estadunidenses vêm tratando a sua classe trabalhadora. Recentemente, como forma de defesa dos cortes nas áreas sociais - em especial na saúde -, os pobres foram chamados a aceitar a morte em pró do ajuste fiscal. [2]
Na auto-proclamada "terra da liberdade", que vive a apontar o dedo para as violações de direitos humanos em terras alheias, os direitos humanos básicos do emprego e da saúde, constantes na carta da ONU [3], simplesmente são espezinhados e com "amparo legal" ainda.
As classes dominantes estadunidenses, que escondem o 1° de maio de seus trabalhadores por terem suas mãos sujas de sangue dos seus operários [4], parecem se espelhar em um de seus heróis do passado. Em 1764, Benjamin Franklin enviou o seguinte recado à Fothergill, médico que atuava salvando a vida dos pobres:
"A metade das vidas que vocês salvam não é digna de ser salva, porque é inútil, enquanto a outra metade nem mereceria ser salva porque pérfida. (...)" [5]
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[1] Mulher é demitida por faltar ao trabalho para doar rim ao filho (13/09/2011):
http://br.noticias.yahoo.com/mulher-demitida-por-faltar-ao-trabalho-para-doar-rim-ao-filho.html
[2] Pela saúde financeira dos ricos, pobres são chamados a aceitar a morte nos EUA (31/07/2011):
http://blogdomonjn.blogspot.com/2011/07/pela-saude-dos-ricos-pobres-sao.html
[3] DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS. Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948.
http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm
[4] 1º de Maio: para não apagar a faísca de Chicago (1/05/2011):
http://blogdomonjn.blogspot.com/2010/05/1-de-maio-para-nao-apagar-faisca-de.html
[5] A "Contra-História do Liberalismo" (17/09/2009):
http://blogdomonjn.blogspot.com/2009/09/contra-historia-do-liberalismo.html
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