Na última segunda-feira (20/10) o candidato do PMDB ao governo do Estado do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, concedeu uma entrevista ao Portal Terra, onde mencionou ter ido em uma reunião do CPERS (sindicato dos professores e servidores de escola) na qual rejeitou assinar qualquer compromisso com o piso dos professores e debochou do mesmo recomendando que os professores fossem buscá-lo no Tumelero (loja de materiais de construção).
https://www.youtube.com/watch?v=5szyxWuX5hg
http://noticias.terra.com.br/eleicoes/videos/sartori-reforca-apoio-a-aecio-e-critica-excesso-de-partidos,7654478.html
Diante da ampla e negativa repercussão, o candidato e seus apoiadores tentaram negar o sentido da fala e atribuir tudo a uma manipulação do concorrente Tarso Genro e do seu partido que teriam feito um recorte distorcido e tendencioso do vídeo. Evidente que tal desculpa não convence mesmo após ver o vídeo em sua íntegra.
A repudiável atitude de Sartori não surpreende uma vez que seu partido já governou o Estado em outras ocasiões e tratou os profissionais da educação com deboche e truculência.
O governismo, como era de se esperar, ficou assanhado com o episódio e aproveitou para ampliar a pressão pelo voto útil em Tarso Genro. No entanto, o seu governo passou quatro anos debochando dos educadores e tratando-os com truculência.
Tarso debochou da categoria quando aprovou um cronograma com parcelas que caloteava o piso depois de eleger-se com a promessa de pagá-lo.
Tarso debochou da categoria quando na mesma semana dizia não ter dinheiro para pagar o piso em um dia e no outro dizia que o Estado tinha dinheiro para os grandes latifundiários e empresários.
Tarso debochou da categoria quando disse que o projeto do Ensino Médio Politécnico (chamado de "Politreco" pelos estudantes) empurrado goela abaixo foi debatido com os educadores.
Tarso debochou das greves do magistério e foi truculento com os educadores tratando-os na base de bombas e prisões.
E Tarso continua debochando da categoria: faz isso quando exalta os 76% de "aumento" que não atingem o piso salarial dos professores, quando diz que melhorou a educação do Estado e quando vincula o pagamento do piso aos recursos do pré-sal - eximindo-se de responsabilidade e condicionando um suposto aumento de salário ao aumento da privatização do petróleo brasileiro, além de ocultar que tais recursos já estão indo parar nos bolsos dos rentistas.
Os profissionais da educação e a sociedade gaúcha não devem cair na armadilha do oportunismo eleitoral e devem rejeitar todos os debochados! Votar nulo no próximo dia 26 e fazer o piso dos debochados arder e tremer arrancando com luta a dignidade e os direitos negados e achincalhados pelo poderosos!
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