Boa parte
da garotada que cresceu nos anos 90 assistiu ao seriado infantil
Castelo Rá-Tim-Bum da TV Cultura. O vilão, Dr Abobrinha,
desejava comprar o castelo, derrubá-lo e construir em seu lugar um
prédio de 100 andares.
Como os
proprietários não queriam vender o imóvel o vilão entrava com
algum disfarce no castelo sempre com um documento (recibo, nota
fiscal, etc) disfarçado de contrato de venda que tinha validade com
a assinatura de qualquer transeunte. Para se ter uma ideia em um dos
episódios a cobra Celeste assina e vende o castelo, medida que é
desfeita posteriormente.
O governo
Bolsonaro parece estar inaugurando uma relação “Castelo
Rá-Tim-Bum” com os Estados Unidos. Foi o que indicou a ida de
Eduardo Bolsonaro ao país do Norte do continente onde se reuniu com
membros do governo Trump em uma atitude totalmente fora dos
protocolos onde sequer foi acompanhado da diplomacia.
O
deputado é filho do presidente eleito, porém, não ocupa nenhum
cargo que lhe confira a atribuição de reunir-se com membros de
governo estrangeiro. Ainda que o Brasil fosse uma monarquia o
herdeiro deveria possuir um cargo designado com tal atribuição.
Fosse minimamente sério e o Ministro das Relações Exteriores teria
entregado o cargo.
A
diferença do governo Bolsonaro para o seriado infantil é que o Dr
Abobrinha não precisa de disfarces. A disposição servil é tamanha
que querem levar o contrato de venda do castelo assinado. E vale a
assinatura de qualquer transeunte, como um Eduardo Bolsonaro.
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