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Em todas as regiões do país profissionais da educação e da enfermagem estão fazendo mobilizações em luta pelo piso das respectivas categorias. Regra geral, os governos a serviço do capital têm tratado de forma desleixada a pauta desses trabalhadores e oscilam entre a demagogia e o completo descaso.
O Prefeito de Recife, João Campos, e a governadora de Pernambuco, a tucano-bolsonarista Raquel Lyra, sequer têm disfarçado o seu desprezo pelos trabalhadores e pelo serviço público. A consequência esperada se viu na quarta-feira (22/03) no Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães: estrondosas vaias dirigidas a Campos e Lyra em seus respectivos discursos em evento com o governo Lula.
O que muitos não esperavam veio depois: em sua fala Lula repreendeu duramente os trabalhadores e se solidarizou com os governantes. “Eu acho que quando vocês estavam vaiando a governadora, vocês estavam me vaiando”, disse o Presidente.
Lula podia ter feito seu discurso sem tocar no assunto ou até mesmo buscar uma fala saboneteira ou conciliadora, como é do seu perfil. Mas não. Ele fez questão de tomar as “dores” dos algozes dos trabalhadores.
Dessa forma Lula expôs a essência dos governos de conciliação de classes: além de ludibriar os trabalhadores com discursos enquanto tomam as medidas demandas pelo capital, como vimos nos recentes casos do Teto de Gastos e dos juros altos, ainda buscam liquidar com as iniciativas dos trabalhadores diante dos patrões e governos que lhes prejudicam e ficam abertamente ao lado dos exploradores quando a luta de classes emerge com força.
Uma vez mais fica claro que atuar com independência de classe de todos os governos burgueses e patrões é o único caminho para a classe trabalhadora obter conquistas.
Veja o vídeo em:
https://www.youtube.com/watch?v=ql-usbe3R8A
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