0)
Empresário não se interessa por empresa deficitária, logo é mito
que o Estado privatiza empresas com prejuízos.
1)
Se a estatal a ser privatizada possui carências de infraestrutura é
o Estado que investe nela antes de privatizar, embora o governo
alegue que está privatizando por ter perdido a capacidade de
investimento.
2) O
Estado assume os passivos das estatais que serão privatizadas. Isso
aumenta a dívida pública do governo.
3)
Os empresários compram as estatais com recursos públicos (com
dinheiro do BNDES ou outros bancos públicos) em financiamentos a
fundo perdido cujo empréstimo muitas vezes não é pago.
4)
As empresas já privatizadas recebem mais recursos públicos (BNDES
ou outros) para investimentos – lembre-se de que o governo alegava
que precisava privatizar por não ter recursos.
5)
Boa parte dos recursos do BNDES são obtidos com emissão de títulos
da dívida pública, logo esse financiamento das privatizações é
subsidiado e aumenta a dívida pública.
6)
Muitos leilões de privatizações são jogos de cartas marcadas onde
as estatais são repassadas para os amigos dos políticos.
7) O
saldo de todo este processo é o seguinte: o Estado financia a fundo
perdido a privatização de estatais rentáveis abrindo mão de
receitas e aumentando a sua dívida pública que depois é paga com
ajustes fiscais que retiram recursos da saúde, da educação e da
segurança – áreas que os governos dizem que terão mais
investimentos após as privatizações.
8)
Não é por acaso que são chamadas de privatarias!
Programa de governo de Jair Bolsonaro, p.62.
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