domingo, 17 de janeiro de 2016

CUT rouba assembleias para enterrar greves

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O aprofundamento da crise econômica aliado ao compromisso com a governabilidade do governo Dilma, cuja estabilidade aos olhos das classes dominantes depende da aplicação do ajuste fiscal, tem feito com que os dirigentes sindicais governistas, principalmente os cutistas, não consigam mais dissimular suas reais intenções.

Se já não bastava colaborarem com o governo petista através de medidas de ajuste fiscal como a fórmula 85/95 para adiar a aposentadoria e o mal chamado PPE (Plano de Proteção ao Emprego) que na verdade visa garantir os lucros das empresas e abandonarem as lutas das suas bases mas ir para as ruas defender o governo, agora as burocracias sindicais governistas têm apelado para o roubo descarado de assembleias para encerrar greves e facilitar o trabalho dos governos e patrões.

Em 11 de setembro de 2015, em assembleia da categoria, a direção do sindicato dos trabalhadores em educação do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS) encerrou na marra uma greve cuja maioria dos presentes votou pela sua continuidade e cujo movimento vinha conseguindo evitar a aprovação das medidas de ajustes fiscais do governador José Ivo Sartori (PMDB). Na ocasião a direção do sindicato rejeitou realizar a contagem dos votos solicitada pelos presentes.

Pouco mais de um mês depois do ocorrido no sul do país foi a vez do Sindicato dos Bancários aplicar o mesmo golpe em São Paulo, como pode ser visto no vídeo abaixo.

O papel cada vez mais reacionário desses dirigentes sindicais governistas mostra a necessidade de se fortalecer as lutas desde a base das categorias e a formação e fortalecimento de um frente política independente e classista para poder lutar de forma consequente contra o ajuste fiscal dos governos e dos patrões.

Foi se organizando desde a base e com independência dos governistas degenerados que os jovens estudantes de São Paulo derrotaram o fechamento de escolas desejado pelo governador tucano Geraldo Alckmin e apoiado pelo petista Aloizio Mercadante, Ministro da Educação de Dilma. Na ocasião tiveram que expulsar os governistas da UNE de seu movimento.




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Sindicato de bancários da CUT dá golpe em assembleia para enterrar a greve. Esquerda Diário, 27/10/2015.


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