Muitas
propostas poderiam ser elencadas mas as listadas abaixo são as que
têm aparecido no debate político devido às ações governamentais.
Por isso fazemos as seguintes perguntas a um eventual governo da
oposição eleito em 2022:
Revogaria
a PEC do Teto? Revogaria a Reforma Trabalhista? Revogaria a Reforma
do Ensino Médio?
Revogaria
a Reforma da Previdência para reestabelecer o direito de
aposentadoria dos brasileiros?
Reestatizaria
as empresas e recursos privatizados?
Criaria
estatais para industrializar o país e gerar empregos de qualidade?
Faria
uma Reforma Administrativa no serviço público para acabar com a
interferência política externa e garantir servidores eleitos nos
cargos de chefia e direção? Acabaria com as listas tríplices?
Acabaria
com os privilégios dos políticos? Colocaria nas mãos do povo as
decisões políticas? Acabaria com as Medidas Provisórias?
Passaria
para as mãos do povo a escolha dos Ministros do STF? Criaria
controle popular da atuação dos mesmos, com revogabilidade de seus
mandatos? Enfrentaria os privilégios do alto escalão do Judiciário?
Faria
auditoria da fraudulenta dívida pública?
Faria
uma Reforma Tributária para taxar a burguesia e desonerar os pobres
e a classe média?
Apuraria
os crimes da ditadura militar? Desmilitarizaria as polícias?
Enfrentaria os privilégios do alto escalão dos militares e das
organizações policiais?
Convocaria
o povo às ruas para pressionar pelas mudanças?
Os
questionamentos acima podem até causar algum estranhamento mas se
fazem necessários uma vez que partidos e lideranças da oposição
nos pedem para aguardar 2022 e subordinam as greves e as lutas ao
calendário eleitoral em vez de ir às últimas consequências.
Os
questionamentos acima se fazem necessários porque na tática de
“sangrar” o governo até as eleições quem realmente sangra é o
povo que perde direitos, renda e empregos; além de não garantir que
o próximo eleito seja da oposição, como vimos em 2018.
Os
questionamentos acima se fazem necessários porque partidos como PT,
PCdoB e PDT aplicam nos seus governos estaduais e municipais as
mesmas medidas de ajuste neoliberal que criticaram em Temer e que
criticam em Bolsonaro.
Os
questionamentos acima se fazem necessários porque nos 13 anos em que
governou o PT não rompeu com o neoliberalismo e ainda fez os mais
espúrios acordos políticos e de classe para garantir a
implementação do mesmo.
Os
questionamentos acima se fazem necessários porque Lula fez Reforma
da Previdência, só não aprovou uma sinistra Reforma
Sindical/Trabalhista devido ao estouro do escândalo do mensalão,
privatizou petróleo e infraestrutura, criou as privatizantes
“Parcerias-Público-Privadas”, manteve o superávit primário e a
Desvinculação de Receitas da União, alimentou políticos e
empresários reacionários e no auge da crise econômica no governo
Dilma defendeu aprovar o ajuste “amanhã”.
Os
questionamentos acima se fazem necessários porque Dilma Rousseff
iniciou o atual plano de austeridade tendo elaborado medidas como a
PEC do Teto (que se chamava Novo Regime Fiscal), defendeu Reforma da
Previdência e Reforma do Ensino Médio, privatizou com dinheiro do
BNDES, atacou direitos trabalhistas e previdenciários, vetou
auditoria da fraudulenta dívida pública, elaborou o sinistro Regime
de Recuperação Fiscal (RRF) dos Estados e lançou até Portaria
(3461/2013) para usar a Garantia da Lei e da Ordem contra protestos
populares.
Os
questionamentos acima se fazem necessários porque a situação é
grave e o que menos precisamos é de “mais do mesmo” para gerar
confusão, despolitização, desagregação, desmobilização e
fortalecer a extrema direita.
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