domingo, 12 de janeiro de 2020

Perguntas ao governo da oposição

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Muitas propostas poderiam ser elencadas mas as listadas abaixo são as que têm aparecido no debate político devido às ações governamentais. Por isso fazemos as seguintes perguntas a um eventual governo da oposição eleito em 2022:


Revogaria a PEC do Teto? Revogaria a Reforma Trabalhista? Revogaria a Reforma do Ensino Médio?

Revogaria a Reforma da Previdência para reestabelecer o direito de aposentadoria dos brasileiros?

Reestatizaria as empresas e recursos privatizados?

Criaria estatais para industrializar o país e gerar empregos de qualidade?

Faria uma Reforma Administrativa no serviço público para acabar com a interferência política externa e garantir servidores eleitos nos cargos de chefia e direção? Acabaria com as listas tríplices?

Acabaria com os privilégios dos políticos? Colocaria nas mãos do povo as decisões políticas? Acabaria com as Medidas Provisórias?

Passaria para as mãos do povo a escolha dos Ministros do STF? Criaria controle popular da atuação dos mesmos, com revogabilidade de seus mandatos? Enfrentaria os privilégios do alto escalão do Judiciário?

Faria auditoria da fraudulenta dívida pública?

Faria uma Reforma Tributária para taxar a burguesia e desonerar os pobres e a classe média?

Apuraria os crimes da ditadura militar? Desmilitarizaria as polícias? Enfrentaria os privilégios do alto escalão dos militares e das organizações policiais?

Convocaria o povo às ruas para pressionar pelas mudanças?


Os questionamentos acima podem até causar algum estranhamento mas se fazem necessários uma vez que partidos e lideranças da oposição nos pedem para aguardar 2022 e subordinam as greves e as lutas ao calendário eleitoral em vez de ir às últimas consequências.

Os questionamentos acima se fazem necessários porque na tática de “sangrar” o governo até as eleições quem realmente sangra é o povo que perde direitos, renda e empregos; além de não garantir que o próximo eleito seja da oposição, como vimos em 2018.

Os questionamentos acima se fazem necessários porque partidos como PT, PCdoB e PDT aplicam nos seus governos estaduais e municipais as mesmas medidas de ajuste neoliberal que criticaram em Temer e que criticam em Bolsonaro.

Os questionamentos acima se fazem necessários porque nos 13 anos em que governou o PT não rompeu com o neoliberalismo e ainda fez os mais espúrios acordos políticos e de classe para garantir a implementação do mesmo.

Os questionamentos acima se fazem necessários porque Lula fez Reforma da Previdência, só não aprovou uma sinistra Reforma Sindical/Trabalhista devido ao estouro do escândalo do mensalão, privatizou petróleo e infraestrutura, criou as privatizantes “Parcerias-Público-Privadas”, manteve o superávit primário e a Desvinculação de Receitas da União, alimentou políticos e empresários reacionários e no auge da crise econômica no governo Dilma defendeu aprovar o ajuste “amanhã”.

Os questionamentos acima se fazem necessários porque Dilma Rousseff iniciou o atual plano de austeridade tendo elaborado medidas como a PEC do Teto (que se chamava Novo Regime Fiscal), defendeu Reforma da Previdência e Reforma do Ensino Médio, privatizou com dinheiro do BNDES, atacou direitos trabalhistas e previdenciários, vetou auditoria da fraudulenta dívida pública, elaborou o sinistro Regime de Recuperação Fiscal (RRF) dos Estados e lançou até Portaria (3461/2013) para usar a Garantia da Lei e da Ordem contra protestos populares.

Os questionamentos acima se fazem necessários porque a situação é grave e o que menos precisamos é de “mais do mesmo” para gerar confusão, despolitização, desagregação, desmobilização e fortalecer a extrema direita.



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